Listagem
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1949
Autor: George Orwell
Número de Páginas: 416
Sinopse: Winston Smith é um cidadão da Oceania, um mega país que surgiu da aglutinação da maioria dos países ocidentais que surgiu depois de revoluções que ocorreram nos anos 40 e 50. Regido por um estado totalitário todo fundamentado em torno da misteriosa figura do grande irmão, Winston terá que se manter na linha para não ser pego pela polícia das ideias.
Avaliação - Uma distopia clássica que se projeta com alguma semelhança a nossa realidade.
1984 é uma das últimas obras escritas por Orwell. Talvez devido a esse fato vemos aqui Orwell mais seguro de desenvolver os conceitos em torno do partido que comanda sua distopia, sendo apresentados de cara ao protagonista sem com que tenha uma grande ambientação da história. Dividida em três partes, logo conhecemos Winston Smith, um homem que não se encaixa a sociedade de sua época, amplamente desenvolvida a partir de conceitos acerca a sociedade disciplinar. Porém é em seu último terço que Orwell desenvolve grandes conceitos como o duplipensamento, fazendo o leitor refletir não só a situação do personagem, mas a sua própria como um ser de seu tempo. E portanto, 1984 se mostra uma leitura surpreendentemente acessível, e interessante quanto uma ficção que não expõe sua crítica de modo totalmente expositivo, porém por intermédio das conversas das pessoas a mercê do olhar incisivo do grande irmão.
Nota: ⭐⭐⭐⭐/Muito Bom
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1932
Autor: Aldous Huxley
Número de Páginas: 312
Sinopse: Bernard é um alfa, porém, dentro de sua sociedade totalmente hierarquizada, dividida em castas de acordo com o condicionamento biológico que os indivíduos recebem quando nascem, é tido como inferior devido as seus aspectos mais brutos que destoam de outros alfas. Desse modo Bernard se sente excluído, e na iminência de ser transferido para uma região inóspita decide fazer uma visita com Lenina, outra alfa, aos selvagens.
Avaliação - Um futuro distópico com uma abordagem científica expositiva
É interessante como Aldous desenvolveu uma distopia díspare em relação a suas irmãs Fahrenheit 451 e 1984, mais preocupado com a estrutura social desta sociedade do que as relações de poder dentro dela. Porém, tal qual 1984, o final deixa um gosto amargo na boca. Depois de passado os primeiros capítulos expositivos, e principalmente quando se insere a interação do "cidadão civilizado" com "os selvagens" é que a história começa a ficar realmente interessante. Será que a humanidade não tem escapatória do controle de massas e manipulação, tanto mental quanto genética, ou há uma luz no fim do túnel?
Nota: ⭐⭐⭐⭐/Muito Bom
Detalhes Técnicos
Ano da primeira Publicação: 1996
Autor: Chuck Palahniuk
Número de Páginas: 208
Sinopse: Um sujeito alienado vive viajando devido ao seu trabalho em uma grande seguradora. Adjunto ao seu trabalho que o faz constantemente ficar longe de casa, vive com insônia. Mas tudo em sua vida está prestes a mudar quando ele conhece Tyler Durden.
Avaliação - Teremos que quebrar a primeira regra e falar sobre clube da luta...
Minha opinião primária quanto ao livro é que cada capítulo daria uma história por si só. Se isso mostra quanto o Chuck é prolífico em sua escrita, sem dúvidas, mas faz com que o livro pareça uma concha de retalhos. Muitas partes não conversam entre si. De qualquer forma, é uma leitura rápida devido aos capítulos não se estenderem demasiadamente, não surgindo dessa forma uma leitura truncada. Mais recheado de ideias do que o filme, cabe aqui um elogio ao segundo, que soube condensar a cacofonia de ideias que era o livro e criar algo conciso e sumariamente significativo, ousando dizer que é até mais interessante que o próprio livro, mesmo o final de ambos sendo ligeiramente diferentes (o do filme é mais interessante ao meu ver).
Nota: ⭐⭐⭐/Bom
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1953
Autor: Ray Bradbury
Número de Páginas: 216
Sinopse: O futuro chegou, e a individualidade é oprimida pelo governo. Os bombeiros agora são incendiários, e atrás de seu emblema de salamandra, queimam livros, sempre sustentados pelo número 451, temperatura em que o papel queima. Mas um representante mais relutante desta casta profissional é confrontado com verdades que o tiram de sua zona de segurança, dando rumos inesperados para sua vida e os que vivem ao seu redor.
Avaliação - Um conto competente que tenta se passar por romance
Com o conceito básico subversivo de que bombeiros agora ao invés de sessar incêndios acaba os promovendo para dar fim ao acesso a livros - uma metáfora sobre o conhecimento que promove o esclarecimento e por consequência a individualidade na forma de pensar e a opressão dos poderosos frente a pensamentos que reivindicam uma justiça e livre distribuição de meios para todos - chama a atenção em um primeiro momento, e prende de início ao fim. Muito no que se concerne em oprimir a individualidade, e homogeneizar a população para lidar melhor com ela é bastante visto - infelizmente - no futuro-hoje em que vivemos. Porém, talvez pela sua origem contida, dentro de um conto que Ray anteriormente escreveu, sofre de falta de proporções maiores para aquela sociedade, que parece só girar em torno da personagem principal, além de sofrer de tons destoantes, e de certo modo abrupto, no que concerne ao último terço do livro, provavelmente a extensão que Ray conferiu a Fahrenheit 451 para este se tornar um romance. Outra crítica é conferida pelo fato de ter poucos diálogos e, a primeira vista, uma trama demasiadamente simples - o que culmina na verdade em um acerto, um mérito, por não querer ser o que não é - e um desenvolvimento previsível. Por fim, a falta de um fechamento de arco para alguns personagens - Clarice que o diga - pode incomodar alguns leitores. As reflexões são válidas, mesmo se tratando de um futuro extrapolado para o longínquo ano em que Fahrenheit 451 foi escrito, o que apenas escancara a incapacidade humana de se alto governar e de solucionar problemas gravíssimos que culminarão na extinção, se não de poucos, também de muitos.
Nota: ⭐⭐/Regular
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 2019
Autor: Blake Crounch
Número de Páginas: 323
Sinopse: Barry é um policial de meia idade divorciado depois da morte da filha. Helena é uma cientista que estuda o sistema nervoso para tratar um problema neuro degenerativo da mãe. A trama de Recursão desenvolve a vida desses dois personagens dispares, com artifícios complexos, e muito elaborados, ainda permeada de viagens no tempo - de um jeito pouco convencional para o público mainstream - que jogam com a física quântica, e um constante estado de mutabilidade do passado, onde as memórias são o fio condutor da trama.
Avaliação - Uma obra que não tem medo de brincar com conceitos complexos...
Blake Crounch consegue pegar conceitos complexos e inserir em uma narrativa envolvente. Apenas uma crítica ao estilo dele, que parece algo artificial, que segue uma fórmula, dificultando de se criar empatia com as personagens da estória. De forma geral, uma obra muito empolgante de expandir mentes, mesmo com o estilo receita de bolo de escrita do autor...
Nota: ⭐⭐⭐/Bom
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1955
Autor: Isaac Asimov
Número de Páginas: 256
Sinopse: Harlan é um técnico da Eternidade, uma região fora do espaço-tempo com o objetivo de controlar a história humana de modo que ela prospere até séculos futuros. Só que uma crise, e uma mulher, ponha as provas as convicções dos Eternos na busca pela manutenção da humanidade.
Avaliação - Asimov em um ponta pé talvez intencional do que viria a ser uma Epopeia Cósmica
O Fim da Eternidade pode ser considerado um livro curto. Mas cada capítulo instiga o leitor a ler o próximo e depois o próximo e logo ele se encontra lendo as últimas palavras do livro, talvez a melhor frase da obra de Asimov. De modo geral, a escrita de Asimov é bastante competente em criar um cenário deslocado a realidade, muito verossímil, apenas peca quanto a homogeneidade do papel masculino nesta obra. Mas a única personagem feminina na obra torna suas aparições poderosas, e sua dinâmica com o que seria o protagonista aqui, o inflexível técnico Harlan, é deveras uma das melhores coisas da obra. Com ideias Sci-Fi interessantíssimas, é um livro que funciona muito bem isoladamente e que também serve como um prólogo do que estaria por vir em Fundação e sua coleção de livros posteriores. Uma obra de ficção recomendadíssima.
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐/Excelente
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 2017
Roteirista: Tom King / Desenhista: David Finch / Arte-Finalista: Mikel Janín
Número de Páginas: 184
Sinopse: Depois dos Novos 52, e devido a muitos erros editoriais da DC Comics (cadê o Wally West nos Novos 52?) a editora das lendas decide fazer um soft start em sua linha editorial. Com isso Batman, agora nas mãos de King, tem como se fosse um início de trama, onde será apresentado conceitos novos, como os homem-monstro, e dois novos super seres em Gotham City, o Gotham e a Gotham Girl.
Avaliação - Uma boa porta de entrada... Ou uma boa continuação.
Duas estrelas não pela qualidade, muito por causa do sempre excelente Tom King, mas por mais deixar dúvidas do que respostas. Uma boa abordagem do Cruzado Encapuzado, mostrando os limites - ou a falta deles - que o Cavaleiro das Trevas possui ao tentar destruir o status quo violento e trágico de sua cidade. Uma boa porta de entrada para o herói.
Nota: ⭐⭐/Regular
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1998
Autor: Alan Davis
Número de Páginas: 176
Sinopse: O que aconteceria se Superman não fosse o primeiro super humano a se tornar um herói? O Prego imagina o universo DC se um prego tivesse furado o pneu dos Kent, pais adotivos de Clark Kent no universo regular, e dessa forma se desencontrando de Kal-el quando o mesmo cai nos campos de Kansas advindo de um moribundo mundo.
Avaliação - Uma boa premissa e um desenvolvimento mediano que deixa a desejar...
Uma HQ interessante em sua premissa de um mundo afetado pela falta do Superman mas decepcionante quanto as escolhas narrativas de Alan Davis, que sempre procura nessa obra caminhos confortáveis e não apresenta nada realmente novo além da premissa. Davis apresenta uma arte bem capaz, e terminou de forma quase satisfatória se não fosse a trama decepcionante pelo comodismo, uma obra mediana apenas. Nota não apenas quanto a qualidade, como pelo potencial desperdiçado.
Nota: ⭐/Ruim
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 2011
Roteirista: Geoff Johns / Desenhista: Andy Kubert
Número de Páginas: 192
Sinopse: A saga que deu origem a toda linha editorial dos Novos 52, Flashpoint é uma trama que trata as reverberações que o Flash causou na linha temporal da Dc Comics depois de voltar no tempo para salvar sua mãe Nora Allen das mãos do Flash Reverso. Acordando em um mundo totalmente diferente do que viera, em um estado de calamidade jamais imaginada, Flash terá que fazer novos aliados para salvar um mundo a beira do precipício.
Avaliação - Material original que se prova inferior a adaptação animada...
Bem atenuada em comparação a animação. Possivelmente melhor desenvolvida nos tie-ins, que não é contemplada no presente encadernado, aqui só temos uma pequena perspectiva da realidade criada pela alteração do passado do universo DC. Foi uma leitura agradável, mas, desculpe o trocadilho, mais rápida que o Flash. A Eaglemoss deveria ter fechado um encadernado com todas as histórias daquele universo problemático e charmoso a sua forma para melhor imersão do leitor leigo. Se puder escolher entre a animação e a estória em quadrinhos, a animação está bem mais empolgante...
Nota: ⭐⭐/Regular
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1984
Roteirista: Alan Moore / Desenhista: Stephen Bissette/ Arte Finalista: John Totleben
Número de Páginas: 240
Sinopse: Nas aventuras anteriores do Monstro do Pântano antes da passagem de Alan Moore, Alec Holland era um cientista que junto com Linda estava criando uma fórmula biorrestauradora, porém depois de uma sabotagem, Alec cai em chamas no lago do Pântano onde se refugiava coberto de sua fórmula. E de lá surge ele, o Monstro, que mais tarde, nas histórias escritas pelo Mago, irá passar por provações que passam desde a esfera científica, até a mística e astral.
Avaliação - Um quadrinho que transcende o nicho de super-heróis
Alan Moore é um verdadeiro monstro dos roteiros dos quadrinhos. Tal qual seu contemporâneo Stephen King em It, a obra de Moore é um tratado não só sobre o que é "ser humano", mas sobre a existência e o significado mais profundo por trás das coisas. Monstro do Pântano e Sandman, para novos leitores, é impressionante, pois histórias das grandes editoras de quadrinhos normalmente podem soar prolixas e repetitivas. Apenas uma crítica em relação a edição da Eaglemoss, por que não colocar desde "The Saga of Swamp Thing 20", tendo sido escrita pelo mesmo Alan Moore?
Nota: ⭐⭐⭐⭐/Muito Bom
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 2003
Roteirista: Jeph Loeb / Desenhista: Tim Sale
Número de Páginas: 168
Sinopse: É dia dos namorados e Peter está no sótão com um gravador. Será gravando o que? Uma mensagem de dia dos namorados para sua falecida namorada da juventude, Gwen Stacy, que teve uma morte trágica por um de seus maiores inimigos, Duende Verde.
Avaliação - Aquele sentimento melancólico que fica no fundo da garganta em forma de quadrinho.
Homem-Aranha Azul é fruto de uma soma de fatores. Desde a criação do personagem título em 1962, fatores como a criação de heróis com falhas e dificuldades que nunca antes foram vividas por um Batman ou Superman, e quase uma década de histórias empolgantes que fomentava discussões até no meio acadêmico adjunto com uma decisão que muitos diriam ser o marco do fim da era de bronze dos quadrinhos, foi a decisão de que o herói não conseguiria salvar seu grande amor, Gwem Stacy, que possibilitou que tal obra pudesse ser executada. Depois de muitas decisões questionáveis para justificar seu retorno, esse quadrinho não se propõe em reapresenta-la, Mas tratar seu legado de um jeito digno, o que ela merecia desde o começo. Com um roteiro atribulado, bem ao modo de Jeph Loeb, na rememoração dos primeiros anos de atuação do Homem-Aranha, possui os desenhos de Tim Sale que deixa tudo com um verniz profundamente contemplativo, com um olhar quase que apaixonado para os primeiros anos de atuação do herói octogenário. Acredito que é uma obra muito fruto de seu tempo, porque sem o legado de Stan Lee não existiria Gwen Stacy, e sem Tim Sale talvez Loeb fosse equivocado em sua narrativa como outras vezes foi. Uma obra delicada que mostra um momento de introspecção do herói, mostrando porque de fato ele, e todos os que o rodeiam, são super.
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐/Excelente
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1987
Roteirista: Pat Mills / Desenhista: Kevin O'Neil
Número de Páginas: 480
Sinopse: Um herói de São Futuro - antiga São Francisco depois de um grande terremoto - Marshal Law, o Marechal da Lei, toma para si a incumbência de se tornar vigilante dos vigilantes. Com uma dose de sarcasmo, ao sempre afirmar que caça heróis mesmo nunca tendo encontrado um, Marshal é temido em um mundo onde os poderes dos super seres não são absolutos, mas frutos de uma ciência moralmente questionável para tornar indivíduos aptos as guerras que aconteceram na América Latina.
Avaliação - Marshal Law é um soco na cara para os desavisados...
Marshal Law é um antecessor digno no gênero de subversão da imagem heroica, numa época que essa abordagem ainda não era tão comum. Com uma crítica encharcada de humor ácido e bem atual - o futuro retratado na obra é 2020 por coincidência - consegue transcender suas sucessoras quanto as camadas de ideias que ela possui, mesmo com uma violência gráfica mais amena - de qualquer forma convencendo na maioria das vezes - que suas sucessoras, muito devido a arte de O'Neil ser mais caricata, e mesmo assim enchendo os olhos com a quantidade de detalhes empregada pelo desenhista. É um soco na cara dos desavisados, um mal estar bem-vindo, uma polêmica com razão. Leia por sua conta e risco, cenas chocantes podem te deixar desconcertado - falo por experiência própria - mas saiba que outras obras do gênero como The Boys devem muito de seu tom escrachado - e a inimizade bem familiar de Marshal com o Espírito Público e Billy Bruto com o Capitão Pátria - a presente obra, um dos primeiros heróis com auto aversão que caça heróis, e que repetidamente fala que nunca encontrou um. Fica apenas um outro alerta a arte de O'neil, que possui muitos grafismos de humor, o que pode te tirar a atenção.
Nota: ⭐⭐⭐/Bom
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 2020
Autor: Adrian Tomine
Número de Páginas: 168
Sinopse: Adrian em seu quadrinho autobiográfico aborda suas vivências como escritor de HQs desde muito jovem. Além de ser um voraz leitor, e não só leitor, como criador, ele escancara um ambiente extremamente competitivo e muitas vezes frustrante no âmbito editorial de HQs. Outro traço que Tomine aborda é sua grande introspecção que o acompanhou durante a vida, e o completo sarcasmo que o tornou uma pessoa muitas vezes difícil de se lidar.
Avaliação - A Vida como ela é... Nem boa, nem ruim, cheia de nuances...
Uma HQ bastante intimista que explora a vida de um ser humano, com seus pontos fortes e fraquezas e inseguranças. Agradável de se ler, com situações que todo fã de banda desenhada irá rir... Já para quem não curte muito a área, ou não liga muito para os bastidores da produção de banda desenhada, é melhor optar por outro material, e por ser um artigo de nicho sobre o nicho, com um grupo mais seleto de leitores, as duas estrelas está válida.
Nota: ⭐⭐/Regular
Detalhes Técnicos
Ano da Primeira Publicação: 1986
Roteirista: Alan Moore / Desenhista: Dave Gibbons
Número de Páginas: 216
Sinopse: O vigilantismo é criminalizado pelas autoridades. É plena guerra fria. Os super-heróis não passam de combatentes ao crime de collant problemáticos. E o único Super é um indiferente ser pelado e azul. Watchmen começa sua trama com a morte de um super das antigas, e avança com o desvendar de segredos da conspiração que levou a morte de Comediante.
Avaliação - Watchmen é uma dicotomia inspirada, o suprassumo do herói e sua decadência
Watchmen tem muitos méritos. E um deles indubitavelmente vai para o roteirista Alan Moore que nos passa um panorama crível de uma américa do norte apreensiva, com o relógio do juízo final pendendo um minuto para a meia-noite. Contando também com as subcamadas do roteiro, ao fazer em um momento um paralelo com um quadrinho, dentro da estória, que trata sobre piratas, que mesmo com a temática dispare, é um prenuncio da falta de esperança abordada pela estória em um todo. E os desenhos com traços mais clássicos de Gibbons que casa perfeitamente com o trabalho de Moore e a mensagem que este quer passar, mas talvez o maior mérito da presente obra seja o distanciamento da imagem heroica do virtuosismo - lançado pela arte de Gibbons, emulando a arte empregada na era de ouro dos quadrinhos em que esse virtuosismo era um elemento muito presente - que sempre o acompanhou, os tirando de postos de deuses absolutos e incorruptíveis para os aproximar da humanidade a quem eles protegem, escancarando uma dualidade das características que a priori podem ser louváveis e que podem ser acometidas também por características que podem ser condenáveis. Com certeza uma das melhores estórias da era das Graphic Novels dos anos 80 e de todos os tempos. Desfrute Watchmen do fanático e intolerante - porém leal e obstinado - Rorschach, da lasciva e confusa - porém valente e corajosa - Espectral II, do covarde e ingênuo - porém idealista e inteligente - Coruja II, do arrogante, megalomaníaco e prepotente - porém determinado e sagaz - Ozymandias e do indiferente e imparcial Dr. Manhattan.
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐/Excelente